A construção do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA/UFPA) iniciou na década de 80, com as primeiras atividades de pesquisa envolvendo alimentos, desenvolvidas por docentes/pesquisadores do extinto Departamento de Engenharia Química e de Alimentos da UFPA. As pesquisas na área de alimentos foram intensificadas em 2000, com a criação da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA/ITEC/UFPA), o que culminou com a aprovação do Programa, em nível de Mestrado, pela CAPES. O Programa foi aprovado em novembro de 2003 e iniciou as suas atividades, em março de 2004, com a primeira turma de mestrado. A grande demanda regional por Cursos de Pós-graduação na Área de Alimentos, devido à escassez de oferta, o aumento da produção de matérias-primas regionais, como frutas, leite, carne e pescado, e o grande número de indústrias de pequeno e médio porte, que se instalaram na região Norte, foram também fatores motivacionais para a criação do Programa.

 

Na primeira avaliação CAPES (triênio 2004-2006), o Programa manteve a nota 3 e passou, então, por uma reestruturação, com base nas recomendações feitas pelo comitê da Área. Foi elaborado um planejamento estratégico para o triênio 2007-2009, com o intuito de consolidar o Mestrado e aprovar o Doutorado. Para tal, as linhas de pesquisa, as disciplinas e o corpo docente permanente do Programa passaram por adequações. Na avaliação CAPES 2007-2009 o Programa obteve nota 4, o que permitiu encaminhar à CAPES a proposta do Doutorado, que foi aprovada em novembro de 2010. O primeiro edital para a seleção de alunos de Doutorado foi aberto em maio de 2011. O Programa é reconhecido pela CAPES, nos termos da Portaria 1.077, de 31/08/2012 do Ministério da Educação (MEC), publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 13/09/2012, sec. 1, p. 25, de acordo com a Portaria 1.364 do MEC, de 29/09/2011, publicado no DOU de 30/09/2011, sec. 1, p. 40.

 

Na avaliação CAPES do triênio 2010-2012, por ainda não haver nenhuma turma de Doutorado concluída, o Programa manteve a nota 4. Um novo planejamento estratégico, tomando como base a reformulação dos critérios de credenciamento e recredenciamento de Docentes Permanentes (DP), foi elaborado e executado, com o objetivo de aumentar a nota do Programa para 5; porém a nota foi novamente mantida em 4, na avaliação CAPES do quadriênio 2013-2016. Neste sentido, foram realizados novos ajustes no planejamento estratégico do Programa, com o auxílio do Programa de Acompanhamento Institucional promovido pela PROPESP/UFPA como importante ferramenta de autoavaliação, cujas ações começaram a ser executadas já no primeiro ano do quadriênio 2017-2020 almejando a nota 5. Como resultado conjunto da dedicação profissional dos docentes permanentes e discentes do PPGCTA ao longo dos anos, e as ações de apoio da UFPA, em setembro de 2022 recebemos o resultado positivo do aumento de conceito do PPG para a NOTA 5 na avaliação quadrienal da CAPES (2017-2020). Nos próximos anos, o PPGCTA continuará a estimular a excelência da atuação na capacitação de recursos humanos qualificados, na produção técnica e científica qualificada, aumento das parcerias e intercâmbios nacionais e internacionais, sempre objetivando a consolidação da avaliação concedida, ampliando o impacto positivo das ações do PPG na Amazônia brasileira, contribuindo para a ciência global, sempre visando o aumento da qualidade e do conceito do Programa no futuro próximo.

 

O PPGCTA/UFPA foi o primeiro Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos a ofertar cursos de Mestrado e Doutorado acadêmicos na região Norte do Brasil. O Programa de destaca como uma importante opção de formação qualificada para os habitantes da região Amazônica e dos países Pan-Amazônicos, que podem ser beneficiados com uma formação voltada para as especificidades regionais, tendo assim maior competência para a transferência de tecnologias adaptadas e para a implantação de unidades agroindustriais regionais; gerando maiores benefícios para as agroindústrias locais.

 

O PPGCTA tem envidado esforços para se tornar uma referência regional, nacional e internacional, em excelência na produção do conhecimento sobre a biodiversidade da região Amazônica e na disseminação de conhecimento na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos. O Programa busca formar lideranças altamente capacitadas, para atuar e desenvolver atividades de pesquisa, ensino e extensão, visando atender as demandas regionais; considerando a diversidade ambiental e das comunidades humanas da Amazônia.

 

O Programa abre um ou dois editais anualmente, com ofertas de vagas para o Mestrado; de acordo com a demanda; e um edital com oferta de vagas para o Doutorado. A demanda por vagas, tanto em nível de Mestrado quanto de Doutorado, é bem expressiva, sendo que a relação vaga/candidato, no caso do mestrado, chega a atingir patamares de 1:10; índice este bastante satisfatório para um Programa de Pós-graduação. É importante ressaltar que a demanda por vagas no Programa é bem diversificada, podendo-se destacar alunos e egressos do Programa oriundos das regiões Norte (Amazonas e Pará), Nordeste (Ceará, Maranhão e Piauí) e Sudeste (Minas Gerais), bem como de outros países, da América Latina (Venezuela) e da África (Moçambique).

 

Os egressos do PPGCTA estão atuando em institutos de pesquisas, na indústria de alimentos e produtos afins ou como docentes pesquisadores de universidades brasileiras, principalmente as localizadas na Região Norte.